Polens /Carolina Florence
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Site pessoal de Dayz Peixoto Fonseca
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Fotografia de Carolina Florence,
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Carolina Krug Florence - Educadora1. IMIGRANTE ALEMÃCaroline Mary Catherine Krug, era seu nome de origem. Nasceu em Kassel na Alemanha, em 21 de março de 1828, filha de João Henrique Krug e de Elizabeth Krug.Realizou seus estudos na Alemanha e Suiça, sendo aluna de um professor que fora discípulo de Pestalozzi. Filha de pais de classe média, valorizava os estudos e tinha por ideal ser professora.Em 1852, após realizar seus estudos e exercer o magistério em uma escola de moças em seu país, Carolina emigrou com a família para o Brasil, onde o irmão mais velho, Jorge Krug, já vivia desde 1846.A vinda da família Krug não era uma aventura, mas uma forma de refazer a vida em um lugar que imaginava ser mais promissor. |
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Carolina e Hércules Florence Recorte de desenho de H.Florence, 1855 |
2. O CASAMENTO DE CAROLINA COM HÉRCULES FLORENCE.
Ao se encontrar com Hércules Florence, amigo de seu irmão Jorge, Carolina vislumbrou naquela pessoa uma possibilidade de casamento. |
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3. O COLÉGIO FLORENCE.Para a criação do Colégio, inicialmente, Carolina recebeu o apoio do irmão Jorge, que já havia criado em Campinas a Escola Alemã, destinado aos filhos de imigrantes, e que já estava em funcionamento.Utilizando algumas dependências da escola do irmão, Carolina deu início às funções do Colégio Florence em 1863.Em 1865, o Colégio foi inaugurado no prédio desenhado por Hércules Florence, em local que hoje seria à Rua José Paulino, entre as Ruas Bernardino de Campos e Benjamin Constant.4. O Colégio Florence, projeto educacional baseado em teorias de Pestalozzi, foi idealizado para ser uma escola para moças da cidade ou das fazendas da região, oferecia uma educação refinada, um saber para a vida com perspectivas culturais e profissionais.O ideal que trazia de sua formação européia era organizado e transmitido às moças que procuravam seu colégio em busca de novos conhecimentos. |
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5. CAMPINAS, SÉC.XIX.Pela importância do trabalho desenvolvido, o Colégio tornou-se famoso também por suas atividades culturais.O Imperador D. Pedro II, quando esteve em Campinas em 1875 e 1886, não deixou de visitar o Colégio, sendo recebido com grandes eventos culturais e com a participação da população. Uma linha de trem e as primeiras indústrias surgiam na paisagem campineira. Assim, a cidadezinha de cerca de 15 mil habitantes conquistava importância econômica, política e educacional. Enquanto isso, abria um campo fértil aos imigrantes europeus de boa instrução e experiência nos serviços de natureza urbana. Na sua diversidade de procedência, as famílias estrangeiras contribuiam com novas características sócio-culturais. Os Krug, como os Florence entre outros, deixaram sua marca cultural e também uma importante linhagem de descendentes, incrementando o crescimento da sociedade urbana campineira. |
6. DEDICAÇÃO DE HÉRCULES FLORENCE AO COLÉGIO |
9. FINAL.Em 1904, a educadora e viúva de Hércules Florence esteve em Campinas pela última vez, acompanhada dos filhos, prestigiando a sessão solene realizada pelo Centro de Ciências, Letras e Artes, em homenagem ao centenário de nascimento de Hércules Florence.Em 1907 ela retornou a Europa para tratar de sua saúde.Em 1913, aos 85 anos de idade, Carolina Krug Florence faleceu em Florença, na Itália, quando estava residindo com sua filha, Augusta, casada com Georgetti, músico e ex-professor do Colégio Florence.Foi sepultada no Cemitério Protestante Agli Alloni daquela bela cidade, na famosa Toscana italiana.A Municipalidade de Campinas homenageou-a dando seu nome a uma rua da cidade. |
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Estrada de Jundiaí, desenho de H.Florence, 1825 |
1) Hércules Florence, O Inventor das Fotografia, site de Dayz Peixoto Fonseca 2) Ata da VI Sessão Solene do Centro de Ciências,Letras e Artes de Campinas, de 29/02/1904, em homenagem ao centenário do nascimento de Hércules Florence.
3) A Educação Feminina Durante o Seculo XIX: O Colégio Florence de Campinas 1863 - 1889. Ribeiro, Arilda Inês Miranda, Coleção Campiniana 4, CMU, Unicamp, Campinas, 1996. |
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