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Conheça um pouco da biografia de uma das personalidades mais interessantes do Brasil, do Século XIX. Trata-se de Hércules Florence, o inventor da fotografia nesse país, em 1832/33.
A vida de Hércules Florence oferece aspectos para a criação de um épico literário. Somos, entretanto, limitados à páginas curtas, de compreensão rápida.
Este ensaio biográfico, surgiu do desejo de alguns intelectuais de Campinas (SP) em apresentar aspectos da existência desse homem bicentenário (nasceu em 1804). A paisagem brasileira do Século XIX deveria ser privilegiada nessa abordagem, a partir da narrativa da Viagem com o Barão de Langsdorff. Mostrar que era não só um inventor, mas também, um escritor que não acreditava que seus escritos viessem à "publicidade". É justamente este aspecto que mereceu nossa maior atenção: Hércules Florence, escritor.
Também, fabular um pouco sobre sua importância na formação da cultura campineira, ao lado de personalidades como Antônio Carlos Gomes (Maestro e Compositor), Campos Salles (um dos primeiros presidentes republicanos do Brasil), enfim, nomes marcantes na vida brasileira do século XIX seria um jeito novo de olhar seu perfil de cidadão.
Visconde de Taunay, Estevam L. Bourrol (ainda no século XIX) e membros da família Florence foram os maiores divulgadores da vida e obra de Hércules Florence. No que diz respeito à invenção da fotografia, Arnaldo Machado Florence (bisneto/Campinas) e o Prof. Boris Kossoy (Professor/São Paulo) conseguiram fazer valer a primazia de seu invento perante instâncias internacionais (Rochester/USA). Também quanto a criação da palavra "photographie"/fotografia, e sua utilização conceitual no sentido que ainda hoje preserva.
Além de um homem de olhar luzente sobre a natureza e as pessoas, sentia o sabor de perceber e anotar. Hércules Florence manifestou em sua vida uma exuberância incomum de idéias no sentido construtivo de aparelhos e procedimentos científicos. Se invenções como a poligrafia, a fotografia e o papel inimitável - técnicas de reprodução - tivessem sido reconhecidas e ele tivesse tido ajuda para seu desenvolvimento, é de se acreditar que o país teria saído à frente de outros nessa área de tecnologia.
Mudanças houveram e o Grupo que, então, se intitulava "Les Amis des Arts" se dispersou. Eram seis pessoas: Teresa Cristina Florence Goedhart (disponibilizando os acervos de sua propriedade), Clarice e André Toledo (web design), Sônia Fardin (assessoramento para a história do século XIX) e eu, Dayz Peixoto Fonseca (pesquisa e coordenação dos trabalhos).
Quando o grupo se dispersou, o processo de trabalho tornou-se uma elaboração lenta e solitária, dialogando apenas com Teresa Cristina Florence, e no final, com Sônia Fardin. A crença na importância desta via de comunicação - a INTERNET - foi a razão da persistência. E o "site" veio à luz.
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